Careful What You Wish For cinema

Sem criatividade

11:05Guilherme Correa

Quem tem TV por assinatura e nunca se pegou zapeando pelo Disney Channel não sabe o que é felicidade. É preciso admitir que o canal produz e já produziu muita coisa legal, ampliando o público para além das crianças. É também dali que muitas estrelas do entretenimento saíram, como os sempre citados Britney, Justin, Aguilera, a louquinha 4:20 Miley Cyrus e os irmãos Jonas. Do trio de irmãos, um deles vem se destacando em carreira solo, fazendo sucesso principalmente no meio musical.


Nick Jonas é o mais novo deles. Tem 22 anos e dois sucessos nas rádios do mundo, Jealous e Chains – que, aliás, são ótimos e merecem ser ouvidos sem preconceito. Como o sucesso nunca vem desacompanhado, ele continua tentando emplacar a carreira de ator, seja em séries (‘Kingdom’, programinha bem mais ou menos) ou em filmes, como o lançamento “Careful What You Wish For”. A produção é um suspense, com direção de Elizabeth Allen (“Aquamarine”) e roteiro de Chris Frisina.


A premissa é simples. Doug (Nick Jonas) viaja pra casa de praia com os pais. Lá, conhece os novos vizinhos, o casal Elliot (Dermot Mulroney) e Lena (Isabel Lucas). Elliot é mais velho, rico e sempre está viajando. Lena é jovem, loira e acaba se tornando sonho de consumo do vizinho. O triângulo amoroso está formado até que uma tragédia acontece. Ou seja, nada muito diferente de outros filmes do gênero. O que difere aqui é a baixa qualidade do longa.

A começar pelas atuações. Dermot Mulroney é o mais experiente do grupo de protagonistas e é quem melhor se destaca, mesmo com pouco tempo em tela. O casal infiel, interpretado por Nick e Isabel, pouco convence e o roteiro também não busca se aprofundar nos personagens. Até existem nuances a serem exploradas, mas não é o resultado final. Doug é o típico menino bobo, que perde a virgindade e se apaixona perdidamente pela vizinha. Lena é a típica menina mais experiente e que aparenta se aproveitar da juventude de Doug. Tudo se torna previsível e raso, até os personagens secundários. O melhor amigo, o delegado, os pais do protagonista, nada aparece como diferencial e sim bibelôs de uma história mal explorada e mal contada.


O final até que surpreende e tem um resquício de criatividade. Só que depois de tanto tempo esperando algo melhor, o desfecho fica perdido, não há um clímax e você só torce pra coisa não piorar ainda mais. É aquele tipo de filme pra ver sem qualquer expectativa, mas que ainda decepciona. Só nos resta esperar que na série “Scream Queens”, de Ryan Murphy (“Glee” e “American Horro Story”), Nick Jonas se saia um pouco melhor.

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