Belas e Perseguidas cinema

Belas, na mesma

14:16Guilherme Correa

“Belas e Perseguidas” é o típico filme da Sessão da Tarde. O roteiro não traz novidades, com a mesma premissa de quase todas as comédias de perseguição. Um policial, um fugitivo, os dois precisam evadir de alguma situação problemática. Juntos, renderão cenas absurdas que prometem arrancar risadas do público. Sim, é isso que existe do começo ao fim de “Belas e Perseguidas”. Não estamos falando de filmes profundos, que geram reflexão, que rendem prêmios. É mais um pastelão, bom pra passar o tempo. 


Com as cartas na mesa, fica fácil entender porque Anne Fletcher (“Vestida pra Casar”, “A Proposta”) foi escolhida pra dirigir o filme. Aqui ela repete mais do mesmo. Não há diferenciais estéticos, de trilha, de direção. Mudam os atores, um pouco do roteiro e, voilà. 

Com situações conhecidas e o desfecho também, a variação de atores é o que representa o grande diferencial do filme, certo? Certíssimo. Talvez esse seja o único ponto positivo do longa, que conseguiu unir a queridinha Reese Witherspoon e a naturalmente engraçada Sofia Vergara. Reese é a policial que precisa escoltar a personagem da Sofia, uma mulher de traficante, até o tribunal. No caminho, confusão, tiroteio, reviravoltas e muitas piadas apoiadas na diferença entre a americana do interior e a colombiana voluptuosa. 


Obviamente isso não salva o filme ou transforma o longa na melhor comédia do ano. Cenas como a do ônibus, em que Reese tenta falar Espanhol, é muito divertida, mas bastante clichê. Sofia é linda, engraçada, mas repete o mesmo do que já vimos dela até aqui. O resultado é um filme de muitos “mas”. Seria melhor ver um empenho extra pra que o longa fosse realmente bacana, sem se apoiar apenas nos nomes famosos e na química entre as personagens. Química, aliás, que nem é tão grande assim. “Belas e Perseguidas” é despretensioso até demais.


Você também pode gostar

0 comentários