cinema Sobrenatural: A Origem

Mundo real X Mundo paralelo

17:54Guilherme Correa

O nome já revela grande parte do enredo. “Sobrenatural: A Origem” acontece antes dos outros dois filmes e explica como tudo teve início. Desta vez, uma jovem é atormentada por espíritos do mal ao tentar entrar em contato com a mãe morta. Não sabendo lidar com a situação, a menina procura Elise Reiner, “caça-fantasmas” que já aparece nos outros filmes da saga. 


Leigh Whannell, diretor e roteirista que participou dos outros dois longas, segue o mesmo esquema: apresenta os personagens, liga eles à turma de Elise, mistura mundo real e mundo paralelo, alguns sustos e um desfecho com drama e tensão. Não espere por algo fora do comum ou grandes surpresas. Mesmo assim, o filme consegue manter o espectador atento, sem se tornar enfadonho. 


O uso dos sustos atrelados à trilha, por exemplo, não é gasto em qualquer hora, o que faz a experiência ficar mais interessante. Ainda bem que isso tem se tornado comum, principalmente depois do ótimo “Invocação do Mal”. O clima pesado, denso, é criado com maestria quando somos levados ao mundo paralelo dos espíritos. A cor preta predomina e escurece a tela, causando aflição. Ficamos esperando que algo surja, do nada, a qualquer momento. O enredo também não se esquece do passado, explicando de forma simples a conexão entre as produções. 

Claro que alguns clichês também chamam a atenção. O sino quando apresentado, já dá sinais de que tocará sozinho. A luz nunca vai acender na hora em que a personagem precisa. O uso da tecnologia, aqui a internet, é pouco aproveitado, somente no momento em que a protagonista faz uma ligação via Skype/FaceTime. A maquiagem dos “monstros” também não difere dos outros filmes. O elenco é bom e responde bem aos estímulos provocados pela história. A série “Sobrenatural” termina (até que pensem numa próxima continuação) de forma consistente, sem fugir daquilo que entregou aos fãs até aqui. Entretêm, sem forçar a barra. 


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