Pode não parecer, mas os filmes paródias, que costumam tirar sarros de outras produções cinematográficas, existem há muitos anos. Ainda em 1974, O Jovem Frankenstein fazia piada com clássicos do terror. Nos últimos anos, as paródias ganharam destaque com Top Gang, Austin Power e o divertido Todo Mundo em Pânico. Este último, lançado em 2000, além de engraçado trouxe ao estrelato Anna Faris. O sucesso foi gigante. O trailer já mostrava o quão engraçado seria o filme, que brincava principalmente com o sucesso daquela época, a ainda trilogia Pânico.

Todo Mundo em Pânico custou míseros 19 milhões de dólares, uma pechincha se compararmos com outras produções hollywoodianas, e arrecadou quase 300 milhões de dólares. Número suficiente pra que a produtora e o estúdio investissem numa franquia que, aos poucos, foi perdendo a graça e o público. Neste ano, fomos apresentados ao quinto filme da série. 

Os personagens já não são os mesmos do início. Alguns até são conhecidos da saga, como Charlie Sheen e Simon Rex, mas a maioria ali é novata. Como protagonista, sai Anna Faris e entra a estrela teen e ex-High School Musical, Ashley Tisdale. Uma jogada de marketing interessante, que pode levar ao cinema um público mais jovem. Ao mesmo tempo, Tisdale não tem carisma e o mesmo timing pra comédia que Anna. Simon Rex não conta. Ele é um canastrão, foi descoberto na carreira gravando filmes pornôs e continua na área porque tem muita sorte ou algum Q.I. muito importante. E quando os atores que deram início ao sucesso resolvem não participar mais da brincadeira é quando o público começa a suspeitar da qualidade do produto final.

Curti: A primeira cena, que consegue ser a mais engraçada do filme. Também dá pra rir com a empregada da família e sua suspeita pelo mal que habita a casa.

Não curti: Desnecessário qualquer continuação da série. Os dois, até o terceiro filme, podem ser vistos e revistos. Os outros, lixo.